Prezados investidores e leitores,

Nas últimas três semanas, estive escrevendo a Resenha de março. Com minha história de 40 anos de atuação no mercado financeiro, decidi revisitar eventos e crises que vi e vivi, bem como os efeitos que tiveram no mercado acionário. Relacionei esses eventos com o sobe e desce da bolsa e as inúmeras janelas de oportunidade que se abriram – e ficou evidente como os investidores invariavelmente as ignoram e buscam refúgio na renda fixa ou no dólar.

Mas durante o processo de preparação da Resenha, eis que surge mais uma crise – a segunda envolvendo a Rússia. A primeira, como alguns aqui talvez se lembrem, ocorreu em 1998, e era de natureza predominantemente financeira. Pouco menos de um quarto de século depois, surge outra, de natureza fundamentalmente militar. Decidi que a brevíssima história das crises nos últimos 40 anos podia esperar.

Uma nova crise pulou no colo de todos nós. Cumpre-nos, então, tentar entendê-la.

Como já sabem nossos assíduos leitores, sempre tento fazer alguma aproximação com um tema mais distante do mundo financeiro, buscando analogias na história, na filosofia, na literatura, mesmo nas chamadas hard sciences, como matemática e física. Desta vez, vamos para o universo das fábulas.

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