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      IMagem destaque

      Como a China planeja promover uma revolução verde

      Não é de hoje que o mundo desconfia da China. Talvez porque o governo chinês marche ao som da sua própria melodia, e o faça de forma secreta, sem democracia.

      Não é de hoje que há preconceito em relação ao país asiático. E por causa da pandemia que lá se originou, a sinofobia se tornou um fenômeno global.

      Mas o fato é que, apesar de o Ocidente não confiar na China, o país ganha em credibilidade, sobretudo quando o tema é a “construção de uma civilização ecológica”, expressão recentemente usada por seu líder máximo Xi Jinping no anúncio do 14º Plano Quinquenal (2021-25).

      Os dados mostram que a verdade está do lado de lá do planeta.

      Os olhos do oriente não fazem mais “vista grossa” diante da pecha de vilão do meio ambiente. O maior poluidor de carbono também é o maior investidor em energia renovável do mundo. O esforço em direção a uma economia de baixo carbono é gigantesco e já exibe resultados animadores.

      Histórico de sucesso

      Tomemos como exemplo o 13º Plano Quinquenal estabelecido para ser cumprido entre 2016 e 2020. Oito dos nove objetivos relacionados ao ambiente ecológico definidos no Plano foram alcançados antes do previsto.

      A China implementou mais de 100 políticas relacionadas à redução do uso de energia fóssil e das emissões de gases de efeito estufa.

      Exemplos notáveis incluem:

      · uma política de tarifa para geradores de energia renovável, que lhes oferece um preço garantido por sua energia; padrões de eficiência para usinas, veículos motorizados, edifícios e equipamentos;

      · metas para produção de energia de fontes não fósseis; e

      · limites obrigatórios para o consumo de carvão.

      A China adicionou vastas instalações eólica e solar à sua rede e desenvolveu grandes indústrias domésticas para fabricar painéis solares, baterias e veículos elétricos.

      Em 2018, a China foi responsável por 45% do crescimento global na geração de energia renovável, mais do que toda a OCDE.

      Para impulsionar o uso de energia alternativa, Pequim instalou 340 gigawatts de capacidade hidrelétrica, 210 GW de energia eólica e 110 GW de energia solar até o primeiro semestre de 2020.

      A energia nuclear também fez parte do plano da China para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, tenho ocorrido um aumento anual de 16,5% na capacidade de energia nuclear entre 2015 e 2020.

      A China está atualizando sua rede elétrica com usinas mais eficientes.

      O governo chinês tomou medidas para mitigar os efeitos dos mais de 300 milhões de veículos motorizados, que ainda representam uma fonte importante de emissões. Em 2016, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China propôs limites para o consumo de combustível para novas motocicletas e ciclomotores. Dois anos depois, a produção foi suspensa para mais de 500 modelos de automóveis que não atenderam aos rígidos padrões de combustível.

      Além disso, o governo implementou vários incentivos para encorajar a transição para veículos elétricos. Em 2018, já havia 2,3 milhões de elétricos nas estradas na China, perfazendo 45% do total mundial. A China já é de longe a líder mundial em veículos elétricos para transporte público. Shenzhen é a primeira cidade do mundo a ter uma frota de ônibus 100% elétrica, com quase 16 mil veículos. É também líder mundial em aluguel de bicicletas urbanas.

      O aumento do uso de gás natural foi outra forma que a China encontrou para reduzir suas emissões de dióxido de carbono. Em 2018, o país se tornou o terceiro maior consumidor mundial de gás natural, depois dos EUA e da Rússia. No mesmo ano, passou a ser o segundo maior importador de gás natural liquefeito (GNL) e respondeu por cerca de metade do aumento global das importações de gás natural. Comparado ao carvão, o gás natural emite 50 a 60 por cento menos carbono durante o processo de combustão.

      No final de 2017, o Conselho de Defesa de Recursos Nacionais da China lançou o Plano para o Estabelecimento do Mercado Nacional de Comércio de Créditos de Carbono, um esquema de comércio de emissões de âmbito nacional que incentiva as empresas a reduzir as emissões colocando um “preço” no CO2. Desde o seu lançamento, aproximadamente 38 milhões de toneladas de CO2 foram comercializadas nos mercados regionais de carbono. Foi um passo profundamente simbólico, visto que os Estados Unidos ainda não adotaram uma política climática nacional baseada no mercado.

      O governo chinês também tomou medidas para reduzir a dependência das famílias do carvão que, por décadas, foi uma fonte relevante de consumo doméstico de energia. Mais de 72% da energia elétrica gerada na China em 2015 veio de usinas movidas a carvão, principal responsável pelas emissões de CO2.

      Em 2017, o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente (MEE) da China subsidiou autoridades locais para instalar aquecedores elétricos ou a gás em 3 milhões de residências em vilas e cidades nas províncias de Hebei, Shandong, Henan e Shanxi. Ao mesmo tempo, o uso de fogões a carvão foi proibido.

      O país também está mobilizado em torno de campanhas de conservação de energia e conscientização ambiental. Eventos como a “Semana Anual de Publicidade para Economia de Energia” ou “Dia da Redução do Carbono” representam os esforços para educar o público sobre as metas ambientais estipuladas no 13º Plano Quinquenal e no Acordo de Paris.

      A maioria dessas políticas produzirá benefícios adicionais, como melhorar a segurança energética da China, promover reformas econômicas e reduzir a poluição do ar no nível do solo.

      Tudo isso significou um avanço histórico em termos de poluição do ar: 337 cidades chinesas registraram uma boa qualidade atmosférica durante mais de 84,5% dos dias neste período. “O 13º Plano Quinquenal (2016-20) foi o período que a China viu a maior melhoria em ecologia e meio ambiente, e o melhor desenvolvimento do trabalho de proteção ambiental “, disse Zhao Yingmin, vice-ministro do Ministério de Ecologia e Meio Ambiente da China, em uma entrevista coletiva em 21 de outubro.

      Entre 2005 e 2019, houve uma redução de 48% na emissão de dióxido de carbono.

      Como se vê, a China exibe uma revolução verde de arregalar os olhos do mundo!

      O 14º Plano Quinquenal (2021-25)

      E pelo andar do dragão chinês, o país atingirá novos avanços na sua política ambiental, com tudo para dar a melhor resposta global às mudanças climáticas nos próximos 5 anos.

      Seu 14º Plano Quinquenal (2021-25), tem sido considerado chave para realizar a meta de neutralidade de carbono do país e assumir a responsabilidade como um grande player na governança climática global.

      A China prometeu atingir o pico de emissões de CO2 antes de 2030. Especialistas ocidentais observam que o país já está à frente de sua meta e que isso será alcançado em 2025 ou mesmo um pouco antes. A China também quer alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060. Se conseguir, ajudará a reduzir as projeções do aquecimento global em cerca de 0,2 a 0,3 graus Celsius, de acordo com o Climate Action Tracker, instituto sem fins lucrativos especializado em ciências e políticas climáticas sediado em Berlim.

      Para atingir estes objetivos, delineou medidas ousadas, mesmo diante da pandemia da covid-19 e de uma recessão global, que têm representado grandes desafios às perspectivas de crescimento.

      Por exemplo, o governo chinês prometeu acelerar o desenvolvimento dos mercados nacionais de carbono, dar continuidade aos programas de baixo carbono e lançar projetos piloto para investimento e financiamento. Deve também estabelecer um índice de vinculação de carbono mais severo e controlar o aumento do consumo de carvão. A meta de pico de carbono deve ser delegada às regiões locais e às principais indústrias. Aumentar a proporção da indústria de serviços na economia nacional e melhorar a eficiência econômica de todos os setores são outras medidas importantes para a redução de emissões.

      Sua revisão da lei de proteção ambiental, considerada “a mais rígida” da história, elevou a repressão às violações ambientais.

      A China tem participado ativamente da gestão ambiental global e aberto janelas de oportunidades para empresas estrangeiras desenvolverem grandes projetos de energia limpa para prevenção e controle da poluição do ar.

      Brasil pega carona no dragão chinês

      A China é o principal produtor mundial das chamadas matérias primas críticas, utilizadas em siderurgia, fundição, metalurgia e química para atender à produção de painéis solares ou placas fotovoltaicas, turbinas geradoras de energia e baterias de lítio-íon.

      Ligas como ferro-cromo, ferro-silício e ferro-manganês não possuem substitutos e sua produção mundial está concentrada na China. 61% da fabricação mundial do silício metálico, por exemplo, ocorre no país asiático.

      É um diferencial competitivo fabuloso, considerando que a energia fotovoltaica registra um crescimento anual da ordem de 31% e que, segundo estudo do Banco Mundial “Growing Role of Minerals and Metals for a Low Carbon Future”, vai representar 25% do consumo mundial nos próximos anos.

      A demanda por metais estratégicos para baterias como cobalto, lítio e níquel também deve seguir o ritmo de expansão, por causa do incremento do mercado de veículos elétricos. Houve um salto de mais de 1.000% nos últimos 10 anos!

      Aqui abre-se uma grande oportunidade de negócios entre o Brasil e a China. O nosso país tem o potencial de mitigar os impactos ambientais provocados pela produção dessas ligas.

      É que a China utiliza térmicas alimentadas por carvão no processo industrial. Ou seja, gera CO2 na produção de energia, e libera CO2 na indústria, além de usar redutor coque ou carvão mineral, altamente poluentes. Já o Brasil detém tecnologia muito mais sustentável, pois utiliza biorredutores (carvão de florestas plantadas de eucaliptos), na produção de ferrosilício e silício metálico.

      Convergência com forças internacionais

      Na questão da mudança climática, as políticas da China estão objetivamente alinhadas com uma gama extremamente ampla de forças globais, variando de bilionários a crianças em idade escolar.

      Esse ambiente cria possibilidades importantes para os chineses criarem alianças com grupos bastante amplos – até mesmo alguns que são normalmente hostis à China, mas que consideram essas diferenças menos importantes do que lidar com o que consideram uma ameaça fundamental à humanidade.

      As políticas da China sobre seu crescimento econômico e mudanças climáticas criam soluções “ganha-ganha” para si e para outros países.

      Nunca foi tão fácil dar um voto de confiança!

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